Bem... lendo o comentário, do Ladrão ali embaixo... e loooonge de ser uma resposta ao que ele disse... hehehehe... =) (eu entendi o que cê quis dizer! Hehehehe... é difícil ter até mesmo "vida" em Mesquita!)... =P.. lembrei duma coisa...
Nós somos um povo que não se entende como nação. Somos conhecidos pela hospitalidade, bom humor, e pelo "jeitinho" com que damos de cara com certas situações.
Não é por nada, não... mas somos lindos. Somos um povo unido separado em montinhos. Unido num futebol, numa festa, num feriadão, numa feijoada caprichada com os amigos. Também estamos juntos, de certa forma, pra pôr algumas coisas no lugar, quando do limite já passam há algum tempo. Nos unimos pra doar sangue, mesmo que raramente. Nos unimos pra denunciar um mal comum. Nos unimos pra ir a uma confraternização e doar alimentos pros necessitados. Nos unimos pra ajudar. Nos unimos pra crescer. Até virtualmente nos unimos numa força enlaçada e aparentemente eterna chamada blog, esse pelo que falo a você, pelo que "luto" pra expressar minhas convicções, erradas ou certas, fundamentadas ou superficiais.
Também nos unimos pra destruir. Como nos unimos! Pra jogar lixo na rua... é uma cara. Pra fazer mal uso dos nossos direitos. Pra gritar contra uma minoria. Pra queimar um índio. Pra nos deixar levar pela idéia gerada televisamente. Pra criticar e não mover uma unha. Já que unhas não se movem, pra que mover o dedo?! Nos unidos pra nos separar. "Crente", "testemunha de Jeová", "pobre", "chato", "nerd", "gênio", "burro", "besta". Adjetivos não faltam pra nós... o povo criativo... o povo do "jeitinho". Se faltar, a gente inventa. E assim nossa união se dissolve em pequenos grupos direcionados por interesses "próprios". Uma união... uma "aliança"... um passo pro regresso dessa tal de democracia.
Mas o que quero deixar claro é o potencial criativo do brasileiro. Não seus prós e contras. Assistimos aulas de Física e Química... aquelas matérias "absurdas"... sem ter laboratórios onde comprovar as teorias. Nos países de 1º mundo, não são todos os locais... mas um percentual elevado do corpo dicente ouve, vê e toca aquilo que está aprendendo. E nós, com o "jeitinho" brasileiro, aprendemos (ou decoramos... ou esquecemos?!) na sala, com palavras apenas (muitas vezes) com entrada por um ouvido e saída gentil e confirmada pelo outro. E como aprendemos? Como temos uma economia, uma sociedade até que bem informada (mesmo que uma "minoriazizizizizinha") um conjunto político bem diversificado, uma produção, um mercado, uma cultura???
Temos porque somos brasileiros. Nascidos da miscigenação. Da união de vários povos de continentes muitos. Menos que alguma coisa, talvez... mas somos uma união. De informação, de passado, de condições sociais, de defeitos e qualidades. E por mérito apenas NOSSO, sabemos aplicá-los enquanto respiramos. O povo mais criativo de todo o mundo. Também devíamos constar isso no nosso histórico, não? Juntamente com
"semba",
"queipiruinha" e
"mulhêr pelara". E por que não?! Porque temos baixa alto-estima. Acreditamos que não podemos. Não devemos, ou melhor... devemos mas pagamos com juros altos porque agora a coisa tá no vermelho.
O vencimento da pouca crença em nós mesmo é semanal... e nossa pouca esperança não nos permite pagá-los. O castigo é o juro alto imposto pelos que sabem dessa nossa debilidade.
Vambora acreditar que podemos?! Não agora... mas quando quisermos, né?! Se você pode hoje, e quer... dá uma tentadinha... isso!!!... uma tentadinha gosssstoooosa!!... com aquele "jeitinho". Com o tempo, se é que esse mundo não chegue ao fim (pois nada é eterno), talvez mais pessoas tenham tomem a atitude de mostrar que é capaz de superar as condições adversas. Talvez notem seu potencial pra melhorar o país... ou apenas a cidade... o bairro ou sua casa... ou o seu interior.
Eu percibi. Eu tô tentando. Eu tô mudando. Mudei a mim, mudei minha casa e estou mudando um grupo de pessoas. Cada coisa a seu tempo.
E você?