Toda a pressão sofrida lá pelos primeiros meses, acabou se transformando em alegria que rapidamente evaporou, formando uma nuvem de agonias a minha volta. TUDO ficou nublado no meio do ano. Quase acabei comigo mesma. Não fosse por um maldito problema de horários e insonia do meu pai.
Depois, tentei me recuperar, mas era só choque... tantas tentativas de destruir tudo, tanta vontade de fugir de mim. O ano se resumiu a uma pessoa só. Eu. Fui o centro da minha vida. Fui o centro da minha mudança. Embora eu tenha esquecido de mim, essa ação me fez refletir mais...
Agora, pro fim do ano... tá tudo muito confuso. Choveu pra cacete (sem trocadilhos ou piadas secundárias). Doeu e dói muito. Mas tem gente em situação pior. Tem gente pior...
E assim, acho que chegarei a completar mais 1 ano. 21 anos de tortura. Não... mentira. São apenas 13. 13 anos que carrego um dos piores pesos que uma pessoa pode carregar: a depressão.
Mas vou seguindo. Esse ano aprendi muito sobre mim e minha doença. Aprendi que faz parte e não tem como tirar daqui. Será sempre assim. Até o vivermos felizes pra sempre, ou que a morte nos separe.