Um tempo perdido entre nós dois,
Um ganho individual e egoísta
Que talvez nos leve a um depois.
Se hoje já não há de nascer frutos,
Não faço mais que matar a raiz,
E você fazendo-a brotar com gosto de mágoa
Tratará de desprender o amor que francamente quis.
Então, aguarde-me no leito vazio,
Completamente cheio de minha solidão.
Vou seguir as estradas falhas pelas quais sei que passarão
Vultos de seu conselho, um torto e inerte pedido de retorno.
Neste destino, até vencer o que vem, morro.
Pois se a vida presentear-me com a derrota, meu amor, sim, terá volta.
Se não entendeu: senta e roda, amore.